25 de março Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas

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”FONTE: SANTOS E SANTAS”

25 de março Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas
Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas, no século Maryam Soultaneh Danil Ghattas, nasceu em Jerusalém em 4 de outubro de 1843, sentia uma devoção especial pela Virgem Maria e a recitação do Rosário. “Que Mãe bela, Maria! Não a posso descrever; nenhuma imagem se assemelha sequer um pouco a sua imensa beleza. Bem-aventurado quem goza eternamente”, diz ela em um de seus escritos divulgados por sua comunidade.
Foi batizada em 19 de novembro de 1843 e recebeu o Sacramento da Confirmação das mãos do primeiro Patriarca latino de Jerusalém, José Valerga, depois da restauração do patriarcado em 18 de julho de 1842.
Foi graças a seu estreito relacionamento com Maria que pode ver com clareza, quando tinha apenas 14 anos, seu chamado para a vida religiosa. Seu amor à Virgem ajudou-a também a enfrentar algumas dificuldades, como a oposição de seu pai à sua vocação. Finalmente, em 1860, vestiu o hábito no instituto das Irmãs de São José da Aparição, tomando o nome de Maria Alfonsina.
“Sobressaia-se por sua profunda piedade e firme adesão à fé católica. Fundou a associação das Filhas de Maria e também outra orientada às mães cristãs. Continuou seu trabalho apostólico em Belém”, assegura o postulador para sua causa, Padre Vitor Tomás Gomez, OP.
A Irmã Maria Alfonsina era favorecida com várias aparições de Nossa Senhora, que lhe revelou seu desejo de que ela fundasse a Congregação do Santo Rosário de Jerusalém. Numa dessas visões, Irmã Alfonsina viu, em sonhos, freiras portando um hábito azul, ao mesmo tempo em que ouvia a Virgem Maria censurar-lhe a lentidão em responder ao seu apelo.
As aparições de Nossa Senhora fizeram com que ela ficasse absolutamente sedenta, ansiosa para se entregar totalmente a Deus. “Eu sentia um grande desejo de suportar as dificuldades. Achava delicioso tudo o que era amargo e doloroso. A solidão era o paraíso do meu coração e a obediência, o céu do meu espírito. Achava as ordens das Superioras fáceis de serem seguidas”, escreveu em seu diário.
Um dia, em visão, a Virgem Maria lhe fala do Peadre José Tannus, um santo sacerdote do patriarcado latino, sugerindo que ele seja seu diretor espiritual e administrador da congregação que desejava que fosse fundada. Foi ele que encontrou em Jerusalém, não longe do patriarcado, a modesta casa na qual entram as cinco primeiras postulantes, entre elas Irmã Maria Alfonsina, em 24 de julho de 1880. O Patriarca Vicente Bracco impõe o hábito às postulantes em 15 de dezembro de 1881.
A Irmã Maria Alfonsina teve que enfrentar várias dificuldades para obter de Roma a dispensa do instituto das Irmãs de São José da Aparição para se dedicar à Congregação do Santo Rosário. Esta permissão ela obteve em 1880, depois de muitas dificuldades e com a ajuda do Padre José Tannus Yammin.
Em 6 de outubro de 1883, a Irmã Maria Alfonsina, que quis conservar o mesmo nome na nova fundação, recebeu o hábito da Congregação do Rosário. Em 1885, foi admitida à profissão e pronunciou seus primeiros votos.
A 25 de julho de 1885 foi viver em uma nova casa da Congregação, em Jaffa de Galileia, perto de Nazaré, com outra Irmã, para dar apoio à paróquia local.
Foi ali que se deu um milagre: um dia, Nathira I’d, uma menina, cai em um poço profundo cheio de água. Irmã Maria Alfonsina teve então a inspiração de lançar o seu rosário no poço, e se dirigiu em seguida à igreja para invocar Nossa Senhora e rezar o Rosário com outras meninas. Passado um tempo, Nathira sai do poço são e salva, dizendo que viu uma grande luz e uma escada em forma de rosário que a ajudou a sair.
Em 1886 fundou uma escola feminina em Beit Sahour, pequena localidade de pastores, perto de Belém, dando trabalho às jovens pobres da cidade.
Em 1887, com três Irmãs, deixou Beit Sahour e foi para Salt, a primeira missão na Transjordânia. Dois anos mais tarde, foi enviada a Naplouse, porém voltou para a casa central de Jerusalém por razões de saúde. Uma vez restabelecida, foi enviada para Zababdeh. Em 1892, viaja a Nazaré onde cuida do Padre Tannus até sua morte.
Em 1893, a Irmã Maria Afonsina abriu em Belém uma oficina para dar trabalho às jovens pobres da cidade. Passou ali 15 anos de zelo e entusiasmo.
Em 1909 foi enviada a casa central de Jerusalém, onde fundou um orfanato, permanecendo naquela cidade até 1917, ocasião em que foi enviada para fundar um orfanato em Aïn-Karem. Ali pode voltar a sua vida de oração e cumprir o desejo da Virgem Maria: que o Rosário seja rezado perpetuamente. Ali permaneceu até sua morte, em 25 de março de 1927. Madre Maria Alfonsina exala o último suspiro rezando o rosário com sua irmã, Hanneh Danil Ghattas.
Madre Maria Afonsina passou 42 anos a serviço de seu instituto. Em todos os lugares onde morava concentrava sua ação em ensinar a ler e a escrever, a fazer trabalhos manuais, fundava associações para as mulheres, ensinava o catecismo, e, obviamente, difundia a recitação do Rosário.
Foi beatificada em 22 de novembro de 2009, na Basílica da Anunciação de Nazaré; canonizada em 17 de maio de 2015 na Basílica de São Pedro, pelo Papa Francisco.