”FONTE: SANTOS E SANTAS”
28 de abril Santo Agapito
Santo AgapitoSanto Agapito, romano de origem, como sucessor de João II, ocupou a cadeira de
São Pedro em 535. Teve o grande merecimento de ter removido o cisma que originou-se entre
Dióscoro e o Papa Bonifácio II (530 a 532). O Imperador Justiniano enviou-lhe a profissão
de fé católica e Agapito, atendendo ao pedido do mesmo monarca, anatematizou os monges
nestorianos de Constantinopla, que passaram a ser chamados Acametas.
Para as costas setentrionais da África, Justiniano enviou o general Belisário, que as
reconquistou dos vândalos. Nessa mesma ocasião voltaram para Jerusalém os vasos sagrados do
velho templo, que por Tito tinham sido levados para Roma e por Genserico para Cartago.
O território cristão norte-africano foi dividido em Províncias, e num escrito assinado por
ele e pelos Bispos africanos, o Imperador pedia ao Papa que permitisse a permanência em
suas respectivas igrejas aos bispos arianos que tinham renunciado à heresia. Agapito apelou
para as regras e instituições eclesiásticas antigas, que deviam ser respeitadas. Sendo
agraciados os bispos hereges, por muito felizes se deviam ter, sem aspirar ainda à honra
indevida de serem conservados nos cargos episcopais.
Os senhores da Itália eram os Godos, cujo rei, Teodato, sabendo que Justiniano tinha
intenções de guerreá-lo, ao Papa se dirigiu com o pedido de intervir junto ao monarca de
Constantinopla para que tal plano não se realizasse. Soube ainda Teodato, por intermédio de
sacerdotes católicos na metrópole oriental, que havia grande descontentamento entre os
Akefalas (eutiquianos); que acusavam de falsidade ao novo Patriarca Antimo.
Agapito acalmou os espíritos agitados, com a promessa de em breve ir pessoalmente à cidade
de Constantinopla. Na viagem ao Oriente aconteceu que curasse um surdo-mudo pela celebração
da Santa Missa.
Em 2 de fevereiro de 536 chegou a Constantinopla, onde teve recepção soleníssima. Embora
fosse tratado pelo Imperador com o máximo respeito, não lhe foi possível evitar a guerra
contra os Godos.
Nas questões religiosas, procurou com grande prudência harmonizar os partidos. Com grande
energia se opôs à elevação de Antimo à dignidade patriarcal, e exigiu que esse se
sujeitasse às decisões do Concílio de Chalcedon.
A Imperatriz Teodora, que patrocinava a causa de Antimo, tudo fez para conquistar as boas
graças do papa em favor do protegido. Justiniano igualmente se fez advogado do Patriarca e,
para conseguir o intento, não regateava elogios, promessas e ameaças. Agapito, porém,
conservou-se inflexível. Às intimações do Imperador respondeu: “Enganei-me. Julguei estar
na presença de um Imperador cristão e vejo-me diante de um Diocleciano”.
Antimo, em vista da inflexibilidade do Papa, declarou preferir a transferência para a
antiga Diocese de Trapezunto a sujeitar-se à sentença do Concílio.
Diante dessa atitude do patriarca, Agapito exigiu dele uma declaração formal de
catolicidade e de submissão incondicional ao Concílio. Esta firmeza enérgica do Papa
revoltou sobremaneira os eutiquianos e a Imperatriz, mas a vitória sobre as cabalas e
intrigas foi completa. Em substituição a Antimo foi eleito e sagrado Menas, Prelado de
grandes virtudes e de profundo saber.
Uma grave enfermidade interrompeu os trabalhos apostólicos do zeloso Papa. Agapito morreu
em Constantinopla, em 22 de abril de 536, sendo os restos mortais transportados para Roma e
depositados no Vaticano, em 20 de setembro do ano seguinte.
O corpo de Santo Agapito I, Papa e confessor, foi transladado para o Vaticano e enterrado
no dia 17 de setembro do mesmo ano, no pátio da catedral de São Pedro, em Roma.
A santidade do Papa Agapito I sempre foi muito lembrada pelos escritos de São Gregório
Magno. Ele que é reverenciado pela Igreja, no dia 28 de abril, como consta do Martirológio
Romano.
Santo Agapito I – Papa… Rogai por nós!
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