‘‘FONTE: SANTOS E SANTAS”
3 de setembro Bem-aventurada Maria Luigia Pascal do Santíssimo Sacramento
A Bem-aventurada Maria Luigia Pascal do Santíssimo Sacramento nasceu em 16 de novembro de 1826 em Soccavo, Nápoles, Itália. Filha de Francisco, trabalhador rural, e Teresa Napoletano. Ela foi batizada no mesmo dia na paróquia local de São Pedro e São Paulo com o nome de Maria. Sofreu a perda de ambos os pais ainda muito jovem. A sua condição de órfã foi apenas parcialmente atenuada pelas boas-vindas que uma tia materna lhe ofereceu. Recebeu os sacramentos da iniciação cristã em 29 de abril de 1843. Educada nas virtudes domésticas e na fé, ela se tornou humilde, obediente, prestativa. Mas a mudança de atitude de sua tia, que passou a reservar seus maus tratos e privações, aconselhou-a a sair também daquela casa. Foi acolhida pelo devoto casal Sabatino, idosos e sem filhos. Naqueles anos sentiu uma forte atração pelo ideal Franciscano: no dia 2 de fevereiro de 1853 vestiu o hábito da Ordem Terceira Franciscana e no dia 22 de fevereiro de 1854 fez a profissão com o nome de Maria Luigia Pascal do Santíssimo Sacramento.
A vocação religiosa de Maria Luigia, que viveu de fato como freira doméstica, foi se aperfeiçoando ao longo do tempo por meio de uma série de experiências de vida comunitária. Depois de ter vivido entre os Franciscanos reformados de Capodimonte e no mosteiro das Teresianas “della Torre” de Nápoles, Maria Luigia, tendo atingido a maturidade humana e espiritual, compreendeu que devia abrir-se às necessidades sociais do seu território, para difundir sinais de caridade concreta. Por isso, em 1868, apoiada pelo Venerável Miguel da Marigliano, um Frade Menor, iniciou uma primeira obra na aldeia Miano para socorrer os mais pobres. Em 1870, com sua primeira companheira, Maria Francisca, montou um oratório e uma obra para a recepção de meninas órfãs e mulheres carentes no Bairro Materdei, em Nápoles.
Em tudo isso resplandeceu sua força, seu zelo pela caridade, a generosa doação aos menores, assim como a perene vitalidade do espírito Franciscano diante das recentes supressões das ordens religiosas. Neste contexto espiritual e apostólico, Maria Luigia, animada por uma fé clara e profunda, lançou as bases da nova família religiosa, Instituto das Irmãs Franciscanas Adoradoras da Santa Cruz, que se concretizou nos anos 1877-1879.
Mulher simples, mas perita na arte da cruz, ela compreendeu o sentido salvífico do sofrimento, do qual o Senhor não deixou de participar, visitando-a com enfermidades frequentes e dolorosas. Embora favorecida pelos dons místicos, manteve a mais profunda humildade, entregando-se à orientação de sábios diretores espirituais e superiores da Ordem dos Frades Menores, entre os quais o Venerável Bernardino da Portogruaro. Irmã Maria Luigia sempre buscou a vontade de Deus, nutriu profunda confiança na Providência divina, foi animada por uma esperança firme e alegre. Embora analfabeta, era rica na sabedoria do evangelho que a fazia exclamar: “Lembre-se sempre que a paz tem o rosto de Jesus abandonado na cruz”.
Em 1884, a Casa Mãe do Instituto mudou-se para Casória, no chamado Retiro de Santa Maria, adjacente à casa paterna de São Ludovico de Casória. Enquanto isso, as condições de saúde, que desde 1880 vinha sendo forçado a se deslocar em uma cadeira de rodas, pioraram. Na serena expectativa do encontro com o Senhor, faleceu no dia 3 de setembro de 1886. O funeral, celebrado no dia seguinte, registrou grande e comovente participação popular.
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