”FONTE: SANTOS E SANTAS”
São Gabino da Dalmácia, Presbítero e Mártir, 19 de Fevereiro
Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia, numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou.
Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha, Suzana, a Cristo, e educou-a com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e celebrando a santa Missa, enfim, fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.
Segundo os registros encontrados, a família de Gabino tinha parentesco com o imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino, Suzana, como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, mas esta não cedeu, decidida a manter-se fiel a Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio, Caio, que fora eleito Papa em 283.
O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido às tensões que circundavam o Império Romano, em franca decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, sendo apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu a Gabino, pois o final foi trágico para ele e todos os seus.
Verificamos pelos registros encontrados que, no início desta perseguição, o padre Gabino não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo, animando e preparando os fiéis cristãos para o terrível sacrifício que os aguardava. Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as Missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada.
Gabino foi torturado, julgado e, como não renegou a fé em Cristo, foi condenado à morte por decapitação. Antes da execução, mantiveram-no preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome, sede e frio durante seis meses. Foi degolado em 19 de fevereiro de 296, em Roma.
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